A
mulher precisa tomar muito cuidado para não transformar seu amor de mãe numa
doação que atropela o filho, em vez de educá-lo.
Pouco
adianta o médico tentar tranqüilizá-la, explicar que o problema é muito mais
abrangente e complexo e que ela está com tripla jornada de trabalho: como
profissional, como rainha do lar e como mãe. Em geral, a mãe que trabalha fora
assume a culpa sozinha. E assim o pai sai livre.
A
grande armadilha da culpa origina-se exatamente em não abrir mão dessa tripla
jornada, assumindo responsabili dades que extrapolam a capacidade de ação e
reação da mulher. É querer ser onipotente. A maior parte das mulheres deveria
aprender a colocar limites em suas próprias ações e a desenvolver capacitações
nos diversos componentes da família para a realização de tarefas que não cabem
obrigatoriamente só a ela.
será
incapaz de ajudar outras pessoas, até mesmo a própria mamãe quando ela se
tornar uma velhinha.
O
medo de traumatizar a criança ás vezes é tão grande que acaba traumatizando
mais por falta de uma ação corretiva, responsabilizadora.
Há
crianças que batem nas mães. Só fazem isso depois de xingar. E só xingam depois
de desobedecer Quanto mais a criança for educada em seus primeiros passos,
maior será a eficiência da educação. Portanto, a mãe não deveria permitir
desobediência. Para isso, o maior segredo é a mãe obedecer a seus próprios
“nãos’ Significa que só deve proibir algo que ela realmente possa sustentar,
sem logo transformá-lo em “sim” ao menor motivo.
A
obediência fica garantida pelo respeito que a mãe exige do filho. Defender-se
dos maus-tratos, inclusive vindos da criança, é um gesto tremendamente
educativo, além de ser ético e próprio de um verdadeiro cidadão.
Quando
trabalha fora, a mulher de hoje, ainda atropelada pelo “instinto” materno,
tende a se sentir culpada por ficar fora de casa o dia todo.
Se
a criança vai mal na escola, a mãe passa a noite em claro, achando que a culpa
é sua. E tudo pode piorar se o pai da criança disser: “Ah, mas onde você estava
que não viu que ela não estudou?”
Se
o filho jovem se envolve com drogas, é comum o marido cobrar a mulher, que
também acaba se cobrando:
“Quem
sabe, se eu não estivesse trabalhando fora, isso não teria acontecido...’
Já
atendi pais em conflito por causa de um mal-educado. Com a desculpa de que o
filho poderia ser hiperativo, a mãe o deixava fazer tudo, enquanto o pai queria
colocar-lhe os limites necessários.
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