Então,
“pais” deveria significar dois ou mais homens que têm filhos. Mas não é o que
ocorre no português e também no espanhol, no qual se usa padres para designar o
casal padre/madre.
Outras
linguas têm termos exclusivos para se referir a casais com filhos, O inglês diz
parents para o casal father/mother. O japonês chama de rioshim o casal
otosan/okasan.
Não
quero corrigir nosso vernáculo, mas considero inapropriado unir dois seres tão
diferentes como pai e mãe sob o nome de um deles, seja “pais”, seja “mães’:
Continuo ressaltando que a palavra “pai” ainda precede “mãe
Nenhum
dos dois está totalmente certo ou errado. Tampouco um é melhor que outro. São
apenas diferentes.
E
essas diferenças ampliam as possibilidades educativas, trazendo retornos
relacionais mais ricos. Quanto maiores elas forem, mais distintos serão os
comportamentos dos filhos em relação ao pai e à mãe para a mesma situação.
São
diferenças que se complementam, pois, sem um pai, a mulher não pode ser mãe. O
homem, sem uma mulher, não conseguirá ser pai. A criança é fruto da associação
do homem com a mulher. Ou da mulher com o homem? Não se trata nem de discutir quem
é o mais importante, já que os dois são essencialmente necessários para se ter
um filho.
A
herança genética está nos cromossomos. Mas desde o nascimento a criança absorve
o modo de viver, o “como somos” da família. Assim, ela aprende naturalmente com
as pessoas que a cercam, sem se interessar pelo vernáculo. E no futuro
transmitirá tal aprendizado a seus filhos, perpetuan do comportamentos através
das gerações.
Flashes
capturados do cotidiano das famílias mostram que o mundo mudou, mas nem tanto
assim.
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